Professores do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem) chegaram a fevereiro de 2011 em uma situação difícil. Os profissionais estão completando em fevereiro 3 meses sem receber salários. Alguns professores foram pagos, mas foram demitidos em seguida. Segundo o governo do Estado o atraso é motivado pela falta de repasses do governo federal para o programa.
O ProJovem busca a formação integral aos jovens pela associação da formação básica e qualificação profissional, com certificação de formação inicial. O programa é realizado para a re-inserção dos jovens no processo de escolarização e a identificação de oportunidades potenciais de assim como a inclusão digital como instrumento de inserção produtiva e de comunicação. Entretanto, os professores que dão aulas para os alunos do programa reclamam que os salários estão em atraso.
Os professores reclamam que o atraso acontece há meses. "Alguns professores estão indo para 3 meses de atraso. O governo é muito precário no controle e com isso os professores fazem que dão aula e os alunos fazem que aprendem assim como o governo faz que paga", comentou o professor Alexandre Santos que dava aula em algumas turmas do Projovem em Piripiri. Alexandre não está mais com os salários em atraso porque foi demitido este mês.
"Eu fui demitido e recebi o restante para que pudesse ser feita a regularização na minha carteira de trabalho", disse o professor acrescentando que há recursos do programa chegando ao Estado, mas que não são repassados aos professores. A coordenação do Projovem Urbano no Piauí confirma que há atrasos no pagamento dos profissionais, mas responsabiliza o governo federal pela demora nos repasses. "Vai fazer 3 meses. A gente ainda não recebeu o repasse do governo federal. Nós recebemos a promessa que agora em fevereiro os repasses serão regularizados", comenta Alessandra Lima, coordenadora executiva do programa no Piauí.
Alessandra Lima confirma ainda que houveram demissões no Projovem que segundo ela foram motivadas pela diminuição do número de alunos do programa. "O programa tem uma regulamentação que define que na diminuição do número de alunos vai corresponder a diminuição dos repasses e por isso temos de demitir alguns professores", disse explicando atualmente são 4800 alunos a um custo de R$ 170 por aluno.
Portal O Dia
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