Ao longo de uma semana como repórter pude ver mais um pouco da crise institucional que a Universidade Estadual do Piauí (Uespi) enfrenta. Erros de várias gestões, incluindo a atual colocaram a instituição na espiral de problemas que resultaram na situação atual: universidade paralisada, choques entre estudantes e administração e agora a possibilidade de um retrocesso com a intervenção governamental na Uespi.
Em crise causada por vários motivos, a Uespi agora enfrenta o problema apontado por vários setores: a falta de estrutura. Relatos dão conta de prédios caindo, falta de material de expediente, salários de bolsistas e estagiários atrasados. Estes problemas apenas são somados a falta de professores e técnicos assim como as falhas de pesquisa e extensão. O resultado disso é a crise institucional que já resultou em paralisação dos professores e da universidade como um todo.
A mídia também é questionada no processo. Como profissional talvez que talvez de um modo até injusto. Ao questionar a cobertura dos veículos as críticas acabam partindo para as velhas generalizações. Talvez seja preciso observar que do mesmo modo que cada pessoa que reclama da Uespi é diferente é preciso compreender que cada jornalista que cobre o tema é diferente dos outros e até mesmo do veículo onde trabalha. Até porque apenas seguindo no calor dos acontecimentos se age com preconceito, algo que é condenável de qualquer lado que vier.
O que vem por aí? Ninguém sabe muito bem. Por enquanto talvez mais incertezas sobre o que vem para a Uespi, afinal não há previsão de verbas; a instituição pode sofrer uma intervenção branca.