Tem um episódio do pica-pau em que o dito cujo faz um outro desenho apanhar para caramba. O tal desenho só diz no final de cada vez que o plano de pegar o pica-pau dá errado: “Aconteceu de novo”. Pois é... com o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) aconteceu a mesma coisa. Depois de uma fraude, um erro de impressão o sistema de inscrições travou de novo.
Falhas tecnológicas acontecem. Diria o leitor ao agourento escritor, mas fica a pergunta: dois anos seguidos? Com a pressa do “nunca antes na história desse país” o Enem passou de um universo de um milhão de alunos para mais de 4,5 milhões. Foram menos de 10 meses entre aprovar a mudança nas universidades federais e institutos, muitos massivamente bancados pelos recursos do governo federal, e as primeiras provas que deram errado.
O resto da história você já conhece: roubo de provas em 2009, problemas no sistema e erros de impressão em 2010 e em 2011 para não perder a escrita mais um travamento no sistema. Com a lógica do “põe mais água no feijão” fica claro que faltou planejamento para montar as provas e que se contava com a hipótese de que a estrutura montada quando a prova era de pequeno porte precisava apenas de ajustes para a nova demanda.
O que vem por aí? Não é possível mesmo dizer com precisão. No final serão tantos erros que será ainda mais prejudicial desistir do Enem para qualquer outro meio de avaliação. Entretanto, para os alunos fica sempre a dúvida: se não houver Enem como será o vestibular?
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