12 de janeiro de 2011

Piauí tem crescimento de 1,6% no comércio varejista

O comércio varejista piauiense está passando por um momento de desaceleração. A Pesquisa Mensal do Comércio, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que em novembro de 2010 o crescimento do comércio varejista no Estado foi o menor do País. Comparando novembro de 2010 com o mesmo mês de 2009 foi registrado um aumento de 1,6% no volume de vendas.

A média nacional do volume de vendas foi de 9,9% em novembro de 2010. Os números do comércio varejista no Piauí apontam para a estagnação nas vendas. Segundo o supervisor de Informações do IBGE no Piauí, Pedro Soares, o crescimento de 1,6% é o reflexo dessa tendência. "Houve um crecimento de 1,6%, mas é preciso considerar que em 2009 houve um crescimento de 8,29% em comparação com o mesmo mês em 2008", analisa Pedro Soares, enfatizando que diversas áreas do comércio varejista piauiense já estão saturadas.

O supervisor destaca que, como a economia do Piauí é limitada, alguns segmentos do Comércio Varejista tendem a estagnar. Outro dado que aponta a estagnação era que o volume de vendas do comércio varegista em agosto de 2009 era 30,49 pontos percentuais superior a média nacional e em novembro de 2010 a média nacional era 0,57 ponto percentual que o índice do Piauí. "O que mais pesou para o aumento do comercio varejista foi a venda de veículos e a gente sabe que não há como manter esse fôlego", ressalta.

Na relação entre os Estados, Pedro Soares explica que não há como realizar comparações especificamente entre as unidades da federação. De acordo com o supervisor o crescimento de outros Estados também é fruto da recuperação da economia após a crise de 2008. "Na crise de 2008, Estados que tinham por base as exportações quase entraram em colapso e agora passam por um processo de recuperação", analisa.

Para Pedro Soares, como o Piauí não foi afetado pela crise de 2008 o comércio varejista pode crescer com mais força. "Agora não há como manter esse crescimento tão acelerado e então a tendência é que deixe de ser um crescimento tão alto. Todos os Estados vão baixar a velocidade neste crescimento", finaliza.

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