Os Correios, bancos e escolas privadas registram os maiores índices de reclamações de assédio moral, segundo a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB). São constrangimentos, humilhações e situações de degradação registradas todos os dias e que muitas vezes os profissionais até não conseguem reconhecer como assédio moral. Em busca da conscientização a CTB vai realizar ato público nesta sexta-feira com relatos de agredidos nas empresas.
Elton Arruda, presidente estadual da CTB explica que o termo assédio moral é relativamente novo. “O tema assédio moral é novo e as primeiras pesquisas datam da década de 90. O propósito da campanha é esclarecer o que é assédio moral e como a classe trabalhadora pode reagir”, comentou. Empresas privadas em geral são as que lideram o ranking das reclamações. “Nós temos constatado a partir do depoimento de vários trabalhadores que os Correios, bancos e escolas privadas são os campeões de reclamação”, relata.
Para tentar diminuir o número de casos, assim como conscientizar as pessoas sobre os seus direitos, acontece nesta sexta um ato público. “Vamos fazer um ato na Frei Serafim com a Coelho de Rezende a partir de relatos de pessoas como lançamento da campanha, depois vamos discutir com os deputados estaduais a possibilidade de uma lei de combate ao assédio”, comenta Elton Arruda acrescentando que haverão discussões nas empresas ao longo de 2011.
Com as humilhações constantes do assédio moral os assediados passam a conviver com depressão, palpitações, tremores, distúrbios do sono, hipertensão, distúrbios digestivo. Outros sofrem com dores generalizadas, alteração da libido e pensamentos ou tentativas de suicídios. Para as vítimas as recomendações são resistir dentro e fora da estrutura da empresa informando as agressões e cobrando atitudes dos departamentos de recursos humanos e do sindicato da categoria.
A busca pela conscientização é para mostrar que o assédio moral é algo sistemático. Os relatos em geral apontam que o assédio moral apontam para exigências de tarefas incompatíveis, proibições de pausas de trabalho assim como prazos muito curtos para tarefas. “Outros estados como a Bahia e Minas Gerais já conseguiram aprovar leis que tratem especificamente do assédio moral. Já existe uma lei federal para assédio sexual, mas ainda é necessário muito debate por uma lei semelhante no assédio moral”, comenta Cícero Damásio, secretário geral da CTB.
Portal O Dia
Nenhum comentário:
Postar um comentário