Há quem diga que é um recheado de hipocrisia e há quem considere que é um avanço o tal manual “Princípios editoriais das Organizações Globo”. Alguns reclamam que falta nitidez, outros que falta metas para serem seguidas, outros que ele não assegura a paz mundial... No meio do fogo cruzado pelo menos para mim o que fica mais claro: é melhor regras hipócritas do que nenhuma regra.
A ausência de regras gera o bel-prazer, cada um fazendo do jeito que acha que está “correto”. A frase vale para diversos contextos, afinal as regras garantem o mínimo de organização para um grupo; seja ele qual for e onde for, poder realizar um trabalho bem feito e dentro das regras básicas que devem pautar não só o jornalismo como a vida em sociedade.
Uma vez tive a oportunidade de participar de uma palestra com o jornalista Paulo José Cunha em que ele refletia sobre concurso na área de comunicação pública. Paulo José Cunha trabalha na TV Câmara e analisava o concurso nesse caso como a melhor saída, já que mesmo que não tivesse o melhor profissional ele estaria vinculado a busca por fazer uma comunicação pública. Nada me tira da cabeça que essa é a ainda a única solução para algumas aberrações.
Do mesmo modo que o concurso na comunicação pública parece ser somente uma boa intenção, as cartas de princípios editoriais não fogem tanto da mesma proposta. Não dá para esperar mudanças bruscas de rumos no trabalho, mas ainda é possível acreditar que é possível buscar fazer jornalismo voltado para o interesse público.
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