83% dos municípios piauienses precisam de ampliação do sistema de água

A Agência Nacional de Águas (ANA) divulgou nesta terça-feira o "Atlas Brasil: Abastecimento urbano de água". No detalhamento dos dados sobre a região Nordeste o Piauí ficou mal no levantamento. Realizando um prognóstico para 2015 a ANA apnta que 83% dos municípios piauienses requerem ampliação do sistema de água. O Atlas Brasil aponta ainda que em 2025 o Piauí vai ter uma demanda total de 7,85 m³/s. A agência aponta que para resolver os problemas serão necessários R$ 414 milhões.

Atualmente 33 municípios, segundo a ANA tem abastecimento de água satisfatório. Entre as cidades com abastecimento satisfatório estão grandes centros como Parnaíba, São Raimundo Nonato e Floriano; além de municípios menores como Acauã, Luís Correia e Simões. O levantamento traz Teresina no grupo de 13 cidades de manancial superficial/misto que precisam adequar o sistema existente. Para esta adequação serão necessários pelo menos R$ 64 milhões em obras que vão abranger além de Teresina outros municípios como Barras, Luziândia, Paulistana, Pedro II, Piracuruca e Pirpiri.

Outras 146 cidades também precisam adequar o sistema existente, mas a partir de um manancial subterrâneo. Para este grupo de cidades a ANA aponta que serão necessários investimentos de R$ 134,3 milhões. O maior volume de investimentos deve ser feito no grupo de 27 municípios que segundo com a ANA precisa fazer a conexão a um sistema integrado de abastecimento. Para estes municípios serão necessários R$ 205 milhões a fim de resolver o problema. Há ainda outros 4 municípios que precisam adotar um novo manancial de água: Corrente, Fartura do Piauí, São João do Piauí e Cajeiro de Praia.

O Atlas Brasil propõe soluções para a região da Grande Teresina, que é apontada como incapaz de suprir as demandas previstas para o ano de 2015. Para evitar problemas até 2015 serão necessários investimentos de R$ 45 milhões para o incremento na captação de 1,1m²/s. O levantamento destaca ainda a capacidade do Piauí para o fornecimento de água. "Devido à grande disponibilidade hídrica dos aquíferos, prevêem-se soluções visando à adequação do sistema produtor mediante perfuração de poços para 115 sedes urbanas (51% do total), correspondendo a investimentos estimados em R$ 115 milhões", destaca uma parte da pesquisa.