Cinco de maio de 2008. Com pompa e cirscuntância o Hospital de Urgências de Teresina (HUT) é inaugurado com o presidente Lula (PT), o governador Wellington Dias (PT), o então vice-governador Wilson Martins (PSB), o prefeito de Teresina Sílvio Mendes (PSDB) e o então vice-prefeito Elmano Ferrer (PTB). O discurso era unânime de que o HUT estava pronto para substituir o Hospital Getúlio Vargas (HGV) no atendimento de urgência.
No dia 20 de agosto o HUT assumiu todas as operações de emergência. Pouco mais de dois anos e dois meses depois uma palavra resume o que se transformou o HUT: caos. Com uma demanda elevada, há muito tempo diga-se de passagem, prefeitura e governo parecem estar próximos de jogar no lixo o discurso de dois anos atrás. No final isso significa que depois de dois anos de ir das mãos do Governo do Estado para a Prefeitura, os serviços de emergência voltam para o Governo do Estado.
Essa parece ser a parte complicada de compreender: Se não havia condição de manter o HUT porque não mantiveram os dois hospitais de pronto-socorro abertos? Não há como justificar que a demanda tenha aumentado exponencialmente durante dois anos e dois meses. A única conclusão possível e não menos decepcionante é que não houve planejamento, já que sempre houve demanda do interior e de outros estados afluindo para Teresina a medida que os infortúnios acontecem por lá.
Para efeito de informação HUT só atende a 14% de pacientes de Teresina, porque 34% chegam do resto do Piauí e 52% vem de outros Estados, principalmente do Maranhão e do Pará. Isso me lembra o projeto do ex-diretor geral do HGV, Francisco Ramos, em que ele defendia um sistema de saúde em forma de pólos para o atendimento de urgência e emergência tanto no interior do Piauí como na capital a fim de descentralizar a demanda. Fica a dica para o prefeito Elmano Ferrer e o governador Wilson Martins, que inclusive é amigo do autor da idéia.
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