Em menos de 2 anos a passagem de ônibus em Teresina passou de R$ 1,60 para R$ 1,90, que começou neste sábado. Pelo visto, a cidade vem passando por um aumento exponencial de tamanho, já que outros motivos não foram apresentados para poder justificar o aumento que vai passar a consumir do bolso do teresinense mais R$ 0,15 a cada viagem.
R$ 0,15 lhe parece pouco. Ofereço algumas contas simples: Para um trabalhador que more no bairro Poti Velho e queira ir para o centro serão R$ 0,30 por dia que ao fim de um mês resultam em R$ 9. Então, alguém que gastava R$ 1,75 a cada dia e por consequência R$ 105 a cada mês com a nova passagem de R$ 1,90 passará a ter de desembolsar R$ 114 para conseguir ir e voltar para casa. Esta conta simples não leva em conta casos mais específicos como de quem mora no Conjunto Deus Quer e para trabalhar na zona leste da cidade precisaria utilizar dois coletivos somente para chegar ao trabalho.
Então chegamos a outro ponto: Porque cobrar mais dinheiro se não nota-se a aplicação do dinheiro já arrecadado? Faltam paradas de ônibus, terminais de integração (que justificam por exemplo a passagem adotada em Fortaleza, mesmo que eles também reclamem muito da qualidade), ônibus de qualidade (os novos circulam lado a lado com outros que já deveriam ter sido aposentados). Me pergunto: Porque todos estes investimentos podem esperar um plano diretor que nunca é concluído, mas os aumentos de passagem não podem?
Dessa vez o aumento veio praticamente puxado por um "gatilho". Houve um comunicado do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários (Sintetro) de que a greve viria e o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos (Setut) foi ao prefeito pedir o aumento de 8,57%, depois do aumento de 9,37%. Como o aumento está consumado, parece que a estratégia do gatilho funcionou. (vídeo meramente ilustrativo)
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