A ideia deste texto surgiu diante da praia tranquila e um sol agradável da manhã da última sexta-feira, 02 de abril. Estava na praia que é o foco deste texto, quando uma tia me sugeriu "Júnior, tu poderia fazer um texto para o jornal que trabalha sobre a situação daqui". Como o leitor pode perceber acolhi apenas uma parte da sugestão, porque não resisti em fazer um relato apenas para o meu blog.
Macapá, que já me rendeu confusões semânticas, afinal remete sempre a capital do Estado do Amapa, é uma praia situada no final do litoral piauiense. Bem próxima do Ceará, a praia é um refúgio para os que desejam escapar da agitação das praias de Atalaia e do Coqueiro. Mas, o homem descobriu a praia e tratou de ir desbravando, cada um a seu modo o novo espaço.
Relatos sobre problemas ambientais na região não são novos, mas chama atenção como a natureza "cobra" de volta o seu espaço. Como leigo foi possível perceber que a região da praia enfrenta "apenas" 2 problemas: mar e dunas. Ambos avançam sobre construções que foram feitas de modo descompromissado para o meio ambiente (para ser sutil). Bares, casas e até mesmo uma estrada já são "engolidas", seja pelas dunas ou pelo mar.
O impressionante é o quanto que o processo é "natural". O mar vai chegando tomando seu espaço dia após dia sem pressa alguma. Coqueiros, asfalto, casas, bares... parece que tudo se vê obrigado a recuar um pouco mais após os sacos de areia serem barreiras ineficazes.
Mas, ainda assim há espaço para tentar "ganhar dinheiro" na praia. Alguns terrenos foram cercados nos últimos tempos e ganharam uma casinha ou uma placa. Seja qual for a estratégia o objetivo logo aparece: vender o quanto antes o terreno que logo pode ser invadido pela areia das dunas. Algumas das fotos estão em álbum que fiz no flickr sobre o tema.
A presença governamental é restrita a restauração da estrada que há alguns anos era um conjunto de buracos e que hoje já começa a ser invadida pelas dunas em alguns trechos e "devorada" pelo mar no seu trecho final. Quem já tem casa na região (logicamente que distante da praia), que é exuberante e tem um bom vento para praticantes de kitesurf, já começa a se perguntar: "Até quando vamos poder ter uma casa por aqui?"
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