2 de maio de 2006

Ontem e hoje no Calandragem

Há temas que podem render textos, mesmo descartados em outro texto. Na procura de pautas polêmicas de outros Calandragem para a edição número cem, algumas foram descartadas, mas uma agora vejo que dá para fazer um bom texto. Foi a pauta sobre o corporativistmo na UFPI. Vejo que ela é interessante...
A matéria fala da falta de punição para os professores que faltam às aulas. Um termômetro de que o tema é estremamente delicado é que na matéria várias pessoas pedem para falar no anonimâto. Sobre a fiscalização o texto diz que " Para o professor Paulo Fernando, chefe do departamento de Comunicação Social da UFPI - curso em que o problema de falta de professores é bastante comum. 'Não tem cabimento o departamento ficar fiscalizando se o professor está ou não em sala de aula. A questão tem que ser tratada inicialmente entre o professor que falta e os alunos da disciplina. Só depois de esgotada a possibilidade de solucionar o problema nessa esfera é que o departamento deve intervir.' explica". No texto também há as informações de Linda Josefina Lula Ferreira, chefe da divisão de administração de pessoal (DAP) do Departamento de Recursos Humanos. Ela conta que mesmo sem a obrigatoriedade de os professores assinarem o livro de ponto quinzenalmente os departamentos tem que enviar ao DRH o controle de frequencia dos docentes, endossado pelo chefe de departamento.
André Oliveira, um dos autores da matéria, contou-me que a pauta foi muito controversa, não na concepção, mas no texto. Ele comentou das criticas por parte dos monitores para a matéria. "O pessoal tem medo de que a gente fale a verdade e se esconderam, querendo de qualquer forma barrar a matéria que a gente estava falando de uma coisa que era realidade e que ninguém tinha peito e coragem para falar." Sobre a repercussão da matéria ele divide entre os "universos", comunicaçao social onde faltou aceitação para ele e o da UFPI onde ela foi muito discutida. Ele destaca sobretudo a relevância do tema e a necessidade de tocar no assunto . Sobre os resultados ele enfatiza que a discussão entre os alunos, a falta de ações contra o corporativismo e a Assembléia Departamental onde visluimbrou-se a possibilidade de um conselho de ética para o Calandragem.
Esse conselho de ética não foi instalado no período atual, mas o futuro do jornal é incerto. Foi imposto um direito de resposta pelo Professor Paulo Fernando de Carvalho Lopes na edição cem do jornal. Ele argumentara que o jornal não o ouvira quando falou dos computadores quebrados e que foi criticado nas edições do atual periodo sem defesa. Detalhe: quem procurar as palavras Departamento de comunicação social e Paulo Fernando de Carvalho Lopes não vai encontrar. Porque? Porque não tem, na realidade essa é uma punição pelo jornal mostrar as condições precárias em que funciona. Essa história, quem tem mais de quarenta anos sabe como é que termina...

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