7 de setembro de 2009

Independência ou Morte?


Hoje é o dia da Independência do Brasil. Mas, cabe perguntar: estamos independentes de que mesmo? Não estamos subjugados a nenhum país, mas pelo jeito não trocamos por coisa muito melhor. Nada difere a dependência a um rei, da que se refere a um político que há mais de 50 anos domina um estado e a cena política. Assim como nada de importante antes acontecia sem a vontade do rei ou rainha parece que nada de importante no Brasil acontece sem que José Sarney queira.



Talvez isso já esteja na origem do Brasil. Além da festa sem sangue e sem trabalho como tem aqui vale lembrar que a única mudança que houve foi de status. Vale lembrar que não houve mudança de modelo econômico, a monocultura se manteve, e menos ainda no status social, já que a escravidão se manteve firme e forte por mais 66 anos. Além disso o administrador continuou o mesmo e a forma de governo também, só mudava o nome já que antes era parte do Reino de Portugal e passou a ser o Império do Brasil.

Passando da aula de história o que temos hoje em mais este aniversário da independência? Há como na época da ditadura que o Brasil é o País do futuro, mas que está atracado ao passado e se esquece do presente. Há pré-sal para ser explorado? Petróleo dessa área só lá para 2015 e além disso a busca hoje é por combustíveis "verdes". O Brasil vai firmar parceria com a França para comparar aviões e construir submarinos? Parece mesmo que ninguém sabe, mas o país vem dispensando jovens interessados em servir nas forças armadas porque não tem dinheiro para mantê-los.

Além de tudo isso tem a decadência política. A palavra é forte e dura, mas é verdade. Hoje parece que tudo depende da sobrevivência política do senador José Sarney (PMDB-AP). É como se ele fosse quase um presidente, da República. Por ele vale tudo: deixar de defender transparência e ética na política, acusar a tudo e a todos de golpismo só por não concordar com a bagunça que está aí. É nesse palco de vale tudo que no final as pessoas deixam de acreditar na política. "Ah, mas a culpa é da imprensa" ou "Há políticos honestos que a imprensa não mostra" são frases que podem ser ditas. Talvez se os honestos fossem mais firmes para afastar os desonestos a realidade poderia ser outra até mesmo para o País ser de fato independente.

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