Saudade dos tempos de luta

A famigerada passagem de ônibus em Teresina (digo famigerada porque não entendo o que ganho pagando R$ 1,75) não dá mostras de que possa cair, mesmo com as críticas. Até porque as críticas dessa vez estão tão fraquinhas que só servem para fazer mídia. Aumento marcado para férias foi mesmo um ponto fatal para qualquer mobilização que pudesse se opor ao reajuste.

Até mesmo os estudantes deram um tiro no pé. Depois uma manifestação tenebrosa de tão fiasco que foi (sem motivo, sem gente, sem organização) eles resolveram acampar no passeio público da Avenida Frei Serafim. Porque foi um tiro no pé| Lembrem-se todos de que essa foi considerada a mais vistosa obra do prefeito Sílvio Mendes (PSDB), que aprovou o aumento. Porque não acampar em frente a prefeitura ou na praça da bandeira?

Não sei, mas o movimento até o momento contra o aumento da passagem é tão fraco que acaba sendo mesmo uma marolinha, mas marolinha mesmo. Há quem acredite que quando fevereiro chegar a maré vai virar, mas com a maioria que tem na Câmara (porque não chamar de tropa de choque?) é garantida a resistência até mesmo quem sabe a um tsunami de revolta contra o tal aumento.

Derrotismo? Fraqueza? Nada disso. Apenas uma constatação de que em outros anos a resistência a qualquer mudança nas passagens de ônibus já foi mais organizada, mais forte, mais inteligente, mais...