17 de abril de 2007

Pequenos relatos sobre o Erecom 2007: A abertura do encontro

Na “ciranda” que fizemos andando por Fortaleza, juntando com a viagem estressante de 10 horas acabamos cansando muito e tiramos a tarde para descansar. Não fui à mística de abertura do encontro, mas ouvi boas referências sobre a atividade como comentários de que o momento foi de bastante integração.
No painel 1 o tema era “As opressões e os oprimidos”, e tinha a meta de contextualizar as opressões sofridas, mas caiu em muitos lugares comuns. Alguns reais como “A sociedade capitalista ao longo da história se mostrou como um sistema de desigualdades” e outro como “O sistema do capital é onde tudo se torna mercadoria”. Outras nem tanto como a descrição da opressão como masculina, ocidental, branca ou que a mulher carrega mais exclusão sobre todos os grupos. Porque a mulher entre tantos grupos ditos excluídos? Não fiquei até o final justamente por estes “pequenos” detalhes. Com relação à festa, foi muito boa porque a banda tinha um som bem legal, mas nessa hora o sono bateu forte.
Dia seguinte: Tinha pedido para participar de um núcleo de vivência que são atividades na qual a pessoa convive com movimentos sociais e comunitários trocando experiências. Mas, observando melhor participar de uma oficina ficou mais interessante. Nunca tive contato com cinema, mas na oficina de roteiro para cinema deu para ver o quanto o cinema hoje é comercial e o quanto se pode superar isso e fazer algo alternativo. Na tarde da sexta feira (06/04) participei do Cinecom que é uma mostra de filmes relacionados ao encontro. O filme exibido (ainda vou conseguir me lembrar) não tem falas, mas usa a música para fazer o complemento das imagens que mostram as destruições no mundo. Destrói-se o meio ambiente, os grupos humanos específicos assim como as relações humanas e o filme mostra isso com as imagens e a música.
No painel 2 “Mídias e opressões” foi defendido que a mídia centralizada exclui na sociedade e no conteúdo. Para isso a painelista disse que a mídia criminaliza o Movimento dos Sem Terra. Ela só esqueceu de refletir mais sobre a proporção política que este movimento tem atualmente. A segunda painelista falou que a mídia torna os negros subalternos, mas não avançou muito além da questão racial para uma questão mais social. Não consegui assistir ao terceiro painelista que faz parte da Central Única das Favelas (Cufa), mas pelos comentários que ouvi, ele foi mais aberto sobre a situação atual e mostrando mais avanços. Quase não fiquei para a festa. Estava com sono mesmo.

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