O último "Roda Viva" de 2005 foi uma entrevista com a jornalista americana Bonnie Anderson. Sei que você quer fazer a pergunta "Sim, e daí?". O "e Daí" é que ela criticou a mistura entre entretimento e jornalismo e os males que isso causa ao jornalismo que muitas vezes precisa ser sério. Ela falou sobre a tendência americana de fazer um jornalismo que não se importa tanto com as notícias que vão ao ar, mas como elas vão ao ar. O modelo é exportado e isso é refletido na entrevista que o Pedro Bial fez ontem com o presidente Lula.
No "Roda Viva" número mil Lula deu entrevista ao programa. A propaganda não foi tão ostensiva como a Rede Globo fez na entrevista ao "Fantástico", mas a entrevista ao Roda Viva rendeu pois todos os outros canais sem distinção utilizaram trechos da entrevista nos jornais posteriores. No "Fantástico" a entrevista foi envolvida em lances de suspense, quando passava Pedro Bial elaborando as perguntas, como se elas fossem petardos verbais e quando Lula ia responder o Berto Filho dizia "essa e outras respostas da entrevista, hoje aqui no Fantástico.", não sei porque mas sinto falta do Cid Moreira. A entrevista virou um grande espetáculo, como se ela fosse um furo inigualável. Depois de muita espera, enfim começa a entrevista com toda a ansiedade e aí vem uma grande conclusão: a entrevista pode não Ter sido boa, mas foi um show. Pedro Bial fustiga Lula em um estilo quase de Big Brother Brasil; talvez um "carma" que ele não consiga superar; Lula dá as mesmas respostas que deu aos jornalistas que participaram do Roda Viva mil. Sobre a corrupção ele não sabe de nada e que há avanços na política social, a diferença só foi que as perguntas do "Fantástico" eram "envolvidas em azeite" para que Lula dissesse em primeira mão se é ou não candidato, apesar de todos saberem que ele vai ser, a não ser que algo de mais grave do que aconteceu em 2005 aconteça.
E a Bonnie Anderson no meio de tudo isso? Ao descrever o modelo americano de grandes corporações dominando a imprensa, a queda de credibilidade por causa da mistura entre jornalismo e entretenimento dando por exemplo a guerra do Iraque; além do jornalista ganhar status de estrela ela traça em linhas gerais o modelo brasileiro. Ela enfatizou a necessidade de um jornalismo sério e responsável e que quando ela trabalhou na CNN a estrela era a notícia e depois passaram a ser os âncoras. Isso sem contar a crise que ela conta sobre as denúncias que jornalistas do "New York Times" e "Washington Post" recebiam dinheiro para falar bem do governo. Isso acontece no Brasil e para citar exemplos: em 2005 a "Veja" mandou as favas a credibilidade das denúncias de corrupção com a matéria inconsistente dos dólares cubanos e a matéria sobre o referendo que desrespeitava o leitor; as transferências de jornalistas de emissora ganhou muito espaço no ano passado, leia-se a mudança de Ana Paula Padrão e o jornal da Globo com Willian Wakk e Cristiane Pelajo. Sobre o dinheiro quem ler nas entrelinhas percebe no Brasil e nos Estados Brasileiros.
Esse tema foi adiado várias vezes por falta de tempo, mas o ocasião foi oportuno e sintomático dos problemas do jornalismo para o lançamento. O ano promete com as eleições. Quem viver verá.
No "Roda Viva" número mil Lula deu entrevista ao programa. A propaganda não foi tão ostensiva como a Rede Globo fez na entrevista ao "Fantástico", mas a entrevista ao Roda Viva rendeu pois todos os outros canais sem distinção utilizaram trechos da entrevista nos jornais posteriores. No "Fantástico" a entrevista foi envolvida em lances de suspense, quando passava Pedro Bial elaborando as perguntas, como se elas fossem petardos verbais e quando Lula ia responder o Berto Filho dizia "essa e outras respostas da entrevista, hoje aqui no Fantástico.", não sei porque mas sinto falta do Cid Moreira. A entrevista virou um grande espetáculo, como se ela fosse um furo inigualável. Depois de muita espera, enfim começa a entrevista com toda a ansiedade e aí vem uma grande conclusão: a entrevista pode não Ter sido boa, mas foi um show. Pedro Bial fustiga Lula em um estilo quase de Big Brother Brasil; talvez um "carma" que ele não consiga superar; Lula dá as mesmas respostas que deu aos jornalistas que participaram do Roda Viva mil. Sobre a corrupção ele não sabe de nada e que há avanços na política social, a diferença só foi que as perguntas do "Fantástico" eram "envolvidas em azeite" para que Lula dissesse em primeira mão se é ou não candidato, apesar de todos saberem que ele vai ser, a não ser que algo de mais grave do que aconteceu em 2005 aconteça.
E a Bonnie Anderson no meio de tudo isso? Ao descrever o modelo americano de grandes corporações dominando a imprensa, a queda de credibilidade por causa da mistura entre jornalismo e entretenimento dando por exemplo a guerra do Iraque; além do jornalista ganhar status de estrela ela traça em linhas gerais o modelo brasileiro. Ela enfatizou a necessidade de um jornalismo sério e responsável e que quando ela trabalhou na CNN a estrela era a notícia e depois passaram a ser os âncoras. Isso sem contar a crise que ela conta sobre as denúncias que jornalistas do "New York Times" e "Washington Post" recebiam dinheiro para falar bem do governo. Isso acontece no Brasil e para citar exemplos: em 2005 a "Veja" mandou as favas a credibilidade das denúncias de corrupção com a matéria inconsistente dos dólares cubanos e a matéria sobre o referendo que desrespeitava o leitor; as transferências de jornalistas de emissora ganhou muito espaço no ano passado, leia-se a mudança de Ana Paula Padrão e o jornal da Globo com Willian Wakk e Cristiane Pelajo. Sobre o dinheiro quem ler nas entrelinhas percebe no Brasil e nos Estados Brasileiros.
Esse tema foi adiado várias vezes por falta de tempo, mas o ocasião foi oportuno e sintomático dos problemas do jornalismo para o lançamento. O ano promete com as eleições. Quem viver verá.
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