8 de dezembro de 2011
Parceria ou disputa?
Teoria e prática. A priori apenas duas palavras. Mas, como formado em comunicação social e como jornalista essas duas palavras parecem que a cada dia estão demarcando a ferro e fogo duas realidades. É como de complementares, os termos acabassem virando adversários que ferrenhamente precisassem se anular para garantir uma vitória, ou pelo menos uma falsa vitória.
A ideia de retomar um tema que por si só parece tão batido, e não se iluda acreditando que estou com a salvação nestas linhas, veio a partir de diversas "provocações" questionando o papel das teorias no dia a dia do jornalista. Não cabe dizer de onde vieram, mas que elas não são novas e sobretudo não tem A resposta. Cabe desconfiar de quem tem A verdade, já que a verdade apontada por um pode não ser a verdade de outro ou de outros.
Parece-me que aí entra com mais profundidade o papel da teoria pelo menos no campo da comunicação. A teoria como proposta de compreensão do fenômeno, nem mais e nem menos. Não me parece interessante a ideia de buscar o que está escondido como o professor de “O Código da Vinci”. A imagem mais representativa poderia ser a da criança que está em busca dos porquês e a medida que compreende a resposta para o questionamento que fez se sente mais confortada.
E como um jornalista na prática aplica a teoria? A pesquisa em outras áreas mostra que os resultados impulsionam as mudanças na prática. Na medicina, na administração, no direito quem questiona que a consolidação de conhecimentos provocou mudanças na prática das áreas? Elas vieram e ninguém faz uma distinção que está aplicando a teoria naquele momento que está fazendo a prática. Simplesmente a prática é feita no dia a dia de escrever uma matéria, um off ou algo semelhante.
Mesmo com essa união teoria e prática são colocadas em campos opostos em uma disputa que se fosse para resumir em uma imagem seria quase como de dois lutadores de MMA. Será que teoria e prática não estão lado a lado e a própria sobrevivência da comunicação e jornalismo como pensamento amplo não depende de uma parceria entre as duas?
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