Feriados ou fins de semana em Teresina são sempre a mesma situação. Se há vontade de sair de casa para buscar entretenimento em algum ponto da cidade é preciso estar de olho no relógio e no remédio para dor de cabeça. Afinal,se for um evento que se esticará até mais tarde você vai ter de voltar cedo, assim como vai cansar sua paciência esperando ônibus.
Assim foi Teresina durante o feriado de Corpus Christi. Como um caso particular talvez a rotina de muitos teresinenses no feriado seja resumida por este relato. Na quinta-feira desejava ir para o Salão do Livro do Piauí (Salipi). Fui ao encontro do ônibus que me levaria a praça Pedro II onde acontece o evento. Como só havia um na linha e ele já tinha passado fui em busca de uma alternativa já que ele só passaria de novo após uma hora.
Mas, esperando outra linha vi que a busca seria frustrada. O motorista seguiu em frente com o ônibus sem nem tomar conhecimento de mim como passageiro e com o ônibus lotado dos que iam para a Marcha para Jesus e a procissão de Corpus Christi. Já me preparava para ir a pé mesmo, então passou um mototáxi e fui. R$ 7 a menos.
Na volta saí mais cedo do Salipi pensando conseguir pegar o ônibus que não alcançara mais cedo. De 21:15 às 21:50 dou certeza absoluta que ele não passou por mim em um dos pontos de ônibus, já que Teresina não tem paradas. Restou-me a mesma alternativa do começo, um mototáxi que depois de tentar me fazer pagar R$ 10 pelo trecho que a tarde fiz a R$ 7, direito dele pela lei da oferta e da procura, acabou me levando por R$ 8.
Resultado: Paguei R$ 15 para sair de casa em um feriado em busca de cultura ou entretenimento. Quem mora em locais mais distantes do que eu pagaria tanto para conseguir ir com os filhos buscar este mesmo bálsamo? Ou simplesmente se conformaria com a cidade sitiada que vira as costas para seus habitantes no feriado?
*Imagem meramente ilustrativa
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