9 de dezembro de 2009

Jornalismo no Brasil

Participando do Fórum Mundial de Educação Tecnológica e Profissional deu também para pegar um pouco de como é o jornalismo em todo o Brasil. Em geral não muda muito o cotidiano do Caburaí ao Chuí. São pressões de mercado e de governo sempre muito presentes.

Como virou fala recorrente no evento "Minas é um mundo a parte". O Estado com um dos presidenciáveis, Aécio Neves (PSDB) virou exemplo de como está a imprensa. Sempre nas entrelinhas ficava explícito uma relação complicada, para dizer o mínimo entre governo e os meios. A própria fala destacada foi do secretário de Educação Tecnológica, Eliezer Pacheco, para demonstrar porque Minas estava fora dos avanços da rede federal de educação profissional.

Os laços que pude observar entre imprensa e governo são muito fortes. Talvez sustentados pela força de anúncios, confesso que gostaria de entender mais a respeito, mas nota-se uma tendência a blindar o governador de críticas, algo já observado por vários sites que analisam a mídia como o Comunique-se.

Mas, o exemplo mais forte vem do Amapá. Lá o domínio do senador José Sarney (PMDB-AP) é mais incontestável. Jornalistas que ousem pelo menos reproduzir matérias feitas por outros veículos contra o senador podem ser processados, e em um rito processual no mínimo peculiar pela rapidez. Isso mesmo: há um grupo de jornalistas no Amapá para os quais foi rompida a tal mal falada lógica de que a justiça no Brasil é lenta.

Ao todo eles devem mais de milhões para a União porque criticaram o senador. Fico nestes dois exemplos, afinal aprofundar ia me exigir falar de outos Estados onde a situação é igual ou ainda pior aos dois mencionados. Mas, é de impressionar e deixa a pergunta: há imprensa livre no Brasil?

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