O final de ano normalmente é reservado para pautas frias, reportagens especiais de ocasião e as retrospectivas. Quando acontece de ter um fato realmente interessante chega a ser surpreendente, podendo tornar-se ainda mais quando vem de onde menos se espera.
Sobre o Vaticano o que se esperava para o final do ano era somente o de sempre. Na missa do galo o papa pedindo paz no mundo, igualdade social e no ano seguinte acontecendo as mesmas coisas, mas a revelação da existência de campanha política para a eleição papal deu o toque de inesperado para as festas. Quem esperava apesar de já saber que fosse descoberta a campanha no conclave em um papado abertamente conservador como o de Bento XVI? Pois foi. Mais estranho é que diante da descoberta ao invés das tradicionais negativas que os descobertos fazem o que se ouve é: "A diferença é que no Vaticano a eleição é protegida por um segredo divino, até porque todos os cardeais eleitores fazem um juramento de confidencialidade". A frase é de um bispo que pediu para não ser identificado dada ao jornal O Globo que divulgou a política no Conclave. O mais interessante que até a pressão da Oppus Dei foi encarada como normal até como defesas veementes.
Em 2005 parecia que só o Brasil ia se consagrar pela normalidade de certas "técnicas", mas parece que é o mundo que começa a "normalizar" tudo.
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