Na última
sexta-feira experimentei uma “caminhada” diferente. Como os ônibus foram
retirados de linha tive de caminhar a Avenida Frei Serafim e a Avenida Nossa
Senhora de Fátima para chegar em casa. Pois bem, a primeira coisa que observei
é que o número de policiais destacados para a Avenida Frei Serafim a fim de
cobrir o protesto #contraoaumento era maior que os destacados para Luis Correia
na virada de ano.
Antes de retomar os
comentários sobre os protestos é preciso destacar a virada de ano em Luis
Correia. Um caos. Assim pode ser definida a programação montada pelo Governo do
Estado para receber 2012. Faltou luz, faltou organização, faltou polícia e
sobrou caos. Aos cinco minutos deste ano faltou luz nos postes e pelo menos até
1:30 da manhã a iluminação não foi restabelecida completamente. A falta de
ônibus fez com que todo mundo fosse de carro e consequentemente não achasse lugar
para estacionar o que levou a todo tipo de barbeiragem possível.
Chegando a melhor
parte: Tentando sair da praia para voltar a Parnaíba a constatação da falta de
policiamento. Ao todo vi seis policiais na praia: três do Rone, um policial de
trânsito e dois da Polícia Militar. Inclusive depois de pedir ajuda a uma
policial explicando que queria sair da praia recebi a brilhante resposta: “Não
é só o senhor que quer sair”. Isso mesmo, faltou segurança no litoral que tem
uma nova orla e que busca atrair turistas de todo o Piauí e outros Estados.
Entretanto, na mesma
semana a capital do Estado a estrutura parecia montada para uma guerra.
Convertida em campo de batalha a principal avenida da capital tinha um cenário
semelhante a maior batalha história do Piauí, a Batalha do Jenipapo: de um lado
um exército bem montado com equipamentos avançados e do outro simplesmente o
povo. Nesta sexta não houveram enfrentamentos, mas a cidade ficou lançada a
própria sorte e cada um que desse seu jeito para conseguir chegar em casa, já
que não havia transporte público na cidade.
É difícil entender
estes valores ou estas decisões: O litoral fica largado a própria sorte na
segurança e infra-estrutura enquanto a capital está armada ao máximo. O
transporte público é regido pela prefeitura na organização ou desorganização,
mas a prefeitura não garante que todos os ônibus atendam a população.
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