8 de janeiro de 2012

Luis Correia abandonada e Teresina sitiada


Na última sexta-feira experimentei uma “caminhada” diferente. Como os ônibus foram retirados de linha tive de caminhar a Avenida Frei Serafim e a Avenida Nossa Senhora de Fátima para chegar em casa. Pois bem, a primeira coisa que observei é que o número de policiais destacados para a Avenida Frei Serafim a fim de cobrir o protesto #contraoaumento era maior que os destacados para Luis Correia na virada de ano.

Antes de retomar os comentários sobre os protestos é preciso destacar a virada de ano em Luis Correia. Um caos. Assim pode ser definida a programação montada pelo Governo do Estado para receber 2012. Faltou luz, faltou organização, faltou polícia e sobrou caos. Aos cinco minutos deste ano faltou luz nos postes e pelo menos até 1:30 da manhã a iluminação não foi restabelecida completamente. A falta de ônibus fez com que todo mundo fosse de carro e consequentemente não achasse lugar para estacionar o que levou a todo tipo de barbeiragem possível.

Chegando a melhor parte: Tentando sair da praia para voltar a Parnaíba a constatação da falta de policiamento. Ao todo vi seis policiais na praia: três do Rone, um policial de trânsito e dois da Polícia Militar. Inclusive depois de pedir ajuda a uma policial explicando que queria sair da praia recebi a brilhante resposta: “Não é só o senhor que quer sair”. Isso mesmo, faltou segurança no litoral que tem uma nova orla e que busca atrair turistas de todo o Piauí e outros Estados.

Entretanto, na mesma semana a capital do Estado a estrutura parecia montada para uma guerra. Convertida em campo de batalha a principal avenida da capital tinha um cenário semelhante a maior batalha história do Piauí, a Batalha do Jenipapo: de um lado um exército bem montado com equipamentos avançados e do outro simplesmente o povo. Nesta sexta não houveram enfrentamentos, mas a cidade ficou lançada a própria sorte e cada um que desse seu jeito para conseguir chegar em casa, já que não havia transporte público na cidade.

É difícil entender estes valores ou estas decisões: O litoral fica largado a própria sorte na segurança e infra-estrutura enquanto a capital está armada ao máximo. O transporte público é regido pela prefeitura na organização ou desorganização, mas a prefeitura não garante que todos os ônibus atendam a população.

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