Algodões 1: isso te lembra algo?

Estou devendo textos, reconheço. Mas, volto tratando de um tema espinhoso: Algodões 1. Depois do rompimento e a comoção o que de fato está sendo feito para ajudar na reconstrução da região? A pergunta agora pode até ser inoportuna, mas feita daqui há seis meses pode ser uma ducha de água fria nos que tem uma veia de "velhinha de Taubaté".

Homem de pouca fé? Talvez, mas há evidências que me dão razão. Quem foi que deu o aval para as famílias voltarem à área que menos de um mês depois seria a da tragédia? Quem foi que depois da barragem romper afirmou que não dava para prever o rompimento da barragem, mesmo com ela um mês antes já ameaçando romper-se? Não fui eu e nem você caro leitor. Mesmo assim, muitos de nós sem sermos engenheiros sabíamos que eram grandes as chances de acontecer o que aconteceu.

Às vezes eu curto fazer uma pesquisa para observar melhor um fato. Em 09 de maio a barragem apresentava perigo e cem famílias foram removidas. No dia 13 já se falava em rompimento iminente. Mas, no dia 14 de maio veio a garantia que a barragem não romperia e no dia 22 as famílias foram autorizadas a voltar. Claro que não se podia advinhar que a barragem ia romper, mas se ela rompeu era porque ainda havia perigo quando as famílias voltaram. Houve irresponsabilidade, as notícias dos links mostram que sim. Muita gente falou mais do que deveria.

Depois que a barragem rompeu muitas promessas de dinheiro para a reconstrução. Fala-se em até R$ 90 milhões para a reconstrução da região. Mas, para ser bem sincero o que está sendo feito em Santa Catarina dá a noção do que pode acontecer por aqui.