Albertão e Folguedos: de quebra galho a casa nova?

Quando surgiu a idéia do grupo Na Central visitar os XXXIII Festival de Folguedos me veio certo ceticismo a respeito do novo espaço para a festa, o estádio Albertão (não chamo de Vila Olímpica nem por decreto), pelo localização e por não imaginar em que espaço seria o evento. Mas, depois de ir três dias a conclusão é que o Albertão não será o quebra-galho da Poticabana e sim a nova casa dos Folguedos.

Mas, vamos por partes. A desconfiança foi geral porque de fato a região do estádio era violenta, não havia tradição de eventos culturais e o acesso de ônibus para as zonas norte e leste é ruim. Sobre a violência o policiamento foi aumentado e a falta de tradição não foi problema para a região. Mas, como não houve acréscimo no número de ônibus e nem esquema especial para as linhas passarem ao lado do estádio quem morava mais longe precisava dar um jeito se quisesse ficar mais tempo. No segundo dia que fui voltei para casa de mototáxi.

Isso descredencia o estádio apenas nesse aspecto, mas não por completo. O espaço favoreceu a instalação dos três espaços para espetáculos e sobretudo para os carros estacionarem. Esse foi o elogio geral dos motoristas que levaram as famílias para conferirem as atrações do palco nacional, palco das tradições e festival de quadrilhas. Entretanto, o ceticismo não foi só meu. Muitos vendedores não se arriscaram a utilizar o Albertão e havia alguns espaços vazios entre o palco nacional e o palco das tradições.

O desafio para o próximo ano então, se os Folguedos continuarem no Albertão e tentar

estabelecer uma maior integração entre os espaços do evento. Acho que a surpresa com o novo espaço pode render ano que vem uma resistência oposta a desse ano. Depois de descobr

ir a nova casa talvez os Folguedos não voltem mais para a casa antiga.