A discussão sobre o diploma para o exercício do jornalismo volta mais uma vez a tona. Defensores empedernidos de posições entrincheiram-se a favor ou contra o diploma para exercer a atividade jornalística. Mas, será que a discussão não fica muito superficial?
Não pense que sou contra o diploma, pelo contrário, ele é fundamental para uma atividade jornalística responsável e comprometida. Porém, cabe perguntar: a defesa do diploma é pelo “pedaço de papel” ou pelo que ele representa. Por que a pergunta? Porque a defesa da graduação de jornalista está sempre concentrada nos outros. “Se um dentista, um médico ou um advogado precisa do diploma porque um jornalista não precisa?”, é a argumentação dos “diplomistas”.
O fato é que a defesa do diploma não desceu a um ponto tão importante quanto o diploma que é o quanto de esforço o jornalista teve para ter o certificado. Será que um advogado entende que na atividade jornalística são feitas escolhas que podem beneficiar determinados personagens de uma matéria? Ou um médico entende como que a linguagem que ele utiliza atrai determinada parcela do público?
Entretanto, às vezes nem os jornalistas que saem das universidades entendem isso. A qualidade da formação dos jornalistas ficou para segundo plano no meio da defesa pelo diploma. Talvez por isso que eu mesmo não me empolgue tanto pela defesa do diploma, já que aparenta muito que é mais uma defesa pelo diploma físico e não pelo que ele representa.
A decisão do Supremo Tribunal Federal ainda não saiu, mas que tanto com uma decisão positiva ou negativa que se defenda mais a necessidade do diploma, afinal a defesa do diploma em si será sempre algo contestável.
Nenhum comentário:
Postar um comentário