Há uma fala recorrente entre os políticos: a imprensa está antecipando a discussão da eleição de 2010. Fala-se envolto em um lugar comum sem tamanho. Será que todos jornalistas chegam a redação todos os dias e ficam maquinando "que eu vou inventar hoje sobre as eleições?"
Para quem tem bom senso a resposta pergunta é não. Se por um lado a imprensa tem necessidade dar notícias sobre o assunto para manter o público, há também quem queira manter o assunto em alta por seus próprios interesses na contenda. Diga-se de passagem: não são poucos nem em número e nem em tamanho.
Não espere para este texto análise sobre os candidatos, as chances que cada um tem na disputa. Afinal, isso depende do dia a dia de todos os dias até que chegue junho de 2010, quando de fato as candidaturas serão apresentadas. Por enquanto é só mesmo jogo de interesses. Políticos querem favorecer-se divulgando os nomes de quem lhes agrada e dar assunto para a mídia.
Essa questão sobre "dar assunto" é interessante. Em geral, excluem-se casos de matérias totalmente inventadas, as especulações surgem justamente de falas de personagens políticos reunidas a respostas de outros. Seria mais ou menos assim: - Esse não pode ser candidato. Tem de ser esse. E a resposta: - Ele é que não pode ser candidato. Tem de ser aquele outro.
Parece muito uma novela ou um reality show se preferir. Tem mocinho, vilão, bobos, espertos e outros tipos criados de acordo com a edição, entenda-se edição como escolhas, que for feita.
Para quem tem bom senso a resposta pergunta é não. Se por um lado a imprensa tem necessidade dar notícias sobre o assunto para manter o público, há também quem queira manter o assunto em alta por seus próprios interesses na contenda. Diga-se de passagem: não são poucos nem em número e nem em tamanho.
Não espere para este texto análise sobre os candidatos, as chances que cada um tem na disputa. Afinal, isso depende do dia a dia de todos os dias até que chegue junho de 2010, quando de fato as candidaturas serão apresentadas. Por enquanto é só mesmo jogo de interesses. Políticos querem favorecer-se divulgando os nomes de quem lhes agrada e dar assunto para a mídia.
Essa questão sobre "dar assunto" é interessante. Em geral, excluem-se casos de matérias totalmente inventadas, as especulações surgem justamente de falas de personagens políticos reunidas a respostas de outros. Seria mais ou menos assim: - Esse não pode ser candidato. Tem de ser esse. E a resposta: - Ele é que não pode ser candidato. Tem de ser aquele outro.
Parece muito uma novela ou um reality show se preferir. Tem mocinho, vilão, bobos, espertos e outros tipos criados de acordo com a edição, entenda-se edição como escolhas, que for feita.
2 comentários:
Tua postagem me chamou a atenção, Carlos. Especialmente porque eu faço parte desse bolo que acha inútil falar sobre eleições agora. Não entendi muito bem aonde você quis chegar... Sinto muita falta de uma imprensa que seja mais focada em algo que esteja de acordo com o interesse público, no momento presente. Por exemplo, que tipo de projeto eles andam aprovando, o que eles defendem... Mas, veja bem, temos eleições de dois em dois anos. Eu já vi casos de especulações sobre alianças políticas para uma próxima eleição LOGO DEPOIS da apuração dos votos. Mas eu concordo contigo quando fala que os políticos incitam esse tipo de assunto. No entanto, fico me perguntando se isto não seria justamente uma estratégia para desviar o foco da discussão mais interessante: o que eles estão fazendo por nós que elegemos eles.
Concordo com vc e com a Cássia. Que tipo de jornalitimo político é esse, que só cobre o que os políticos dizem? Não seria aboordar o que está sendo feito em prol da sociedade? O jornalismo político hoje feito no Piauí se baseia em cobrir a agenda política, ou melhor, a agenda dos políticos. Falta mais criticidade, mais cobrança... entendo que às vezes não depende só do jornalista (mas também das empresas que cerceiam..), mas acho possível cada um tentar fazer a sua parte, da maneira que for possível..
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