11 de novembro de 2008

Será que é só isso?


Normalmente falo muito de política. Isso é meio chato, mas às vezes não dá para evitar. Principalmente agora com acontecimentos importantes nesta área tanto a nível nacional quanto local. A eleição do Obama nos Estados Unidos por exemplo. Se por um lado dá abertura para matérias legais e inteligentes por outro começa a virar uma fonte para comentar futilidades de toda espécie.

Barack Obama tem diante dele uma das maiores crises da história, que exigem a força de um jovem e a inteligência de formados nos tais "melhores círculos" intelectuais dos Estados Unidos. Nessa abordagem surgem matérias como esta. Entretanto, parece que há uma busca incessante por tentar minimizar o papel de Obama em matérias como o fato de ele ser o primeiro presidente negro dos Estados Unidos e questionar porque o Brasil não ter um presidente negro (em uma abordagem oportunista), até mesmo partindo para abordagens fúteis sobre a roupa da futura primeira dama.

Nada contra se discutir a necessidade de um presidente negro no Brasil, apesar de Café Filho, que sucedeu Getúlio Vargas, ser negro. Muito menos sobre discussões de moda. Mas, será que aí não seriam abordagens muito simplistas? Não seria mais importante saber o que Obama vai fazer com relação a entrada do etanol brasileiro nos Estados Unidos, o que gera dinheiro para o País ou o quanto a mulher dele será importante para o mandato?

Não vai aqui uma abordagem de dono da verdade. É algo que é sempre conveniente evitar, mas arriscando-me na futurologia, seria mais abonador para Obama ser lembrado por ter conseguido salvar os Estados Unidos da crise, do que por ser o primeiro presidente estadunidense negro.

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