18 de setembro de 2008

Juízes e Jornalistas fazem o encontro necessário


Na segunda-feira aconteceu no Tribunal de Justiça encontro entre os magistrados e jornalistas para discutir a relação entre Mídia e poder Judiciário. Com o nome “Mídia e Judiciário – Um encontro necessário”, o encontro contou com palestra proferida pelo juiz Claúdio Dell´Orto, do Rio de Janeiro, vice-presidente de Comunicação da Associação dos Magistrados Brasileiros.

De acordo com o juiz Dell´Orto o juiz é uma fonte que deve ser mencionado sempre de modo explícito e que deve ser sempre claro para evitar confusão na interpretação de informações. “Os jornalistas tem um papel de dar a sociedade informações claras e precisas e o Judiciário pode ser uma fonte muito boa dando notícias sobre as boas práticas feitas pelos juízes e desembargadores no sentido da celeridade da justiça e decisões mais eficientes”, ressaltou o vice-presidente de comunicação da Associação dos Magistrados Brasileiros.

O juiz Claudio Dell´Orto não direcionou a palestra somente aos magistrados, mas defendeu que no momento em que há condenações contra a mídia, estas são voltadas para defender a liberdade de imprensa. “Quando o juiz atua e vem a condenar ele tem uma atitude de garantir a liberdade de imprensa”, destacou. O presidente do Sindicato dos Jornalistas do Piauí, Luis Carlos Maranhão, concordou com o juiz e ressaltou que a liberdade de imprensa é uma das bandeiras de luta do sindicato. “O que nós queremos é uma imprensa que produza informação para a sociedade. A liberdade de imprensa hoje não é como gostariamos que fosse e essa é uma das nossas bandeiras de luta.”, afirmou.

Para o presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, Desembargador Raimundo Alencar o judiciário brasileiro é pouco conhecido e um dos motivos para isso é a própria magistratura. “Para nós da magistratura é de sua importância que a mídia seja um canal imprescindível para que a sociedade tome conhecimento da própria magistratura. Nós reconhecemos que o Judiciário brasileiro é pouco conhecido e quiçá nós não tenhamos aí um grau de responsabilidade muito grande a respeito dessa deficiência”, comentou o presidente do Tribunal de Justiça.

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