7 de setembro de 2008

As eleições e suas coberturas


Desde o começo da semana uma “dúvida” chama a atenção. É mais fácil cobrir em detalhes as movimentações para as eleições americanas ou as eleições municipais brasileiras? A pesquisa no site do Observatório da Imprensa, resulta justamente que as eleições do Tio Sam são mais detalhadas do que a da nossa Pindorama.
Mas porque? Talvez porque lá as restrições são bem menores do que aqui. Existe praticamente um cerceamento (porque não chamar censura) do que se pode dizer. Citar ou não um político que é candidato em uma matéria vira praticamente um dilema para quem é um repórter sério. Será que isso se encaixa na regra? Quem garante que não serem processado por chamar a atenção para esse aspecto da campanha dessa candidatura?
Nos Estados Unidos a imprensa pode especular sobre a gravidez da filha da candidata a vice-presidência do partido que atualmente ocupa o poder. Eles podem levantar todo o passado da candidata. Podem especular se a juventude ou a velhice de um candidato serão ou não importantes para a eleição. Nas eleições municipais tupiniquins, em grandes centros existem as tentativas de se fazer isso, mesmo que tortamente bem sucedidas, e nas cidades menores as tentativas podem simplesmente gerar dúvidas sobre a sua responsabilidade como repórter.
Babão do estilo de vida americano? Não. Mas, a verdade é que algumas evidências das duas coberturas põem em evidência o quanto os remendos no conjunto de regras para as eleições, ao invés de uma regra pura e simples geram uma produção midiática que em determinados momentos beira a trivialidade.
Ainda em dúvida? Leia então este exemplo de cobertura local e este de internacional

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