17 de agosto de 2008

Para Teresina


Neste sábado, Teresina fez 156 anos. No momento 6 candidatos disputam a oportunidade de gerir os rumos da capital piauiense de 1 milhão de habitantes. Os postulantes participaram de debate na Assembléia Legislativa em que a troca de farpas foi o mais presente. Mas, algumas propostas foram apresentadas para resolver os problemas de trânsito e violência, os que mais afligem o teresinense.

O candidato à reeleição, Sílvio Mendes (PSDB), foi provocado várias vezes durante o debate e principalmente quando o assunto era transportes. Sílvio foi acusado por Ismar Tavares (PCB) de não fazer a licitação das linhas de ônibus de Teresina e rebateu dizendo que a licitação depende apenas da Câmara Municipal. “Que nós prendem a prefeitura às empresas de ônibus para que a licitação não seja feita”, questionou Ismar Tavares. “Se faz muita demagogia em época de eleição. A licitação aguarda apenas a autorização da Câmara Municipal para ser realizada”, respondeu Sílvio Mendes.

Com relação à redução da violência na capital do Piauí, os candidatos procuraram ressaltar que a prefeitura não pode agir efetivamente para resolver o problema, mas apresentaram medidas alternativas para tratar do assunto. “Precisamos combater a desigualdade social que causa a violência”, disse Ismar Tavares. “O Estado não cuida da segurança e a prefeitura não cuida das creches”, acrescentou, Alexis Leite (PSOL). A respeito da utilização da guarda municipal para reduzir a violência, o candidato à reeleição Sílvio Mendes disse que a função da guarda não é essa.

Ficou por conta de Alexis Leite alguns dos grandes confrontos da noite. O candidato do PSOL, que era petista, cobrou de Nazareno Fonteles (PT) coerência a respeito de querer se apresentar como um candidato do presidente Lula (PT). “Quando houve o mensalão você não subiu no palanque do Lula”, disparou Alexis Leite. “Não tenho vergonha de dizer que sou do PT”, rebateu Nazareno, reafirmando que deseja ser eleito para firmar parcerias como o governo federal e estadual, administrados por petistas.

Alexis também dedicou críticas à organização do debate. O candidato afirmou que a TV Assembléia que deveria ter funcionários aprovados por concurso tem um quadro formado por profissionais que “entraram pela janela”. “É estranho em uma democracia ter um órgão público como a TV Assembléia com gente que entrou pela janela”, disse o candidato. O mediador do debate e diretor geral da emissora, Toni Trindade, respondeu ao candidato dizendo que se ele tivesse denúncias poderia encaminhar aos órgãos judiciários, mas que a emissora estava funcionando dentro da legalidade.

Lurdes Melo (PCO) e Major Avelar (PSL) foram personagens de momentos pitorescos do debate da TV Assembléia. A candidata do PCO defendeu desobediência à Lei de Responsabilidade Fiscal porque segundo ela há um prejuízo aos trabalhadores do setor público. “A Lei de Responsabilidade Fiscal é para congelar salários e pagar a dívida. É uma lei burguesa que só serve para prejudicar”, comentou. Major Avelar por sua vez, em diversos momentos comparou a cidade à uma roda-gigante. “Teresina é como uma roda-gigante. Tem uma obra aqui, outra ali, mas não sai do lugar”, disse.

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