Há tempos eu venho tentando escrever esse texto, mas na hora H falta saber mesmo como fazer. Não dá para fazer piada, mas não dá para levar muito a sério esse assunto, afinal não o é. Esse texto é sobre as culpas que a imprensa carrega.
Não vou fazer defesas, apenas levantar pontos porque não existem bonzinhos na história. Existem os que se beneficiam e os prejudicados. Além disso esses papéis se alternam. Estou lendo um capítulo do livro "Mídia: Crise política e poder no Brasil" que trata da crise do mensalão em 2005. A crise é tratada como apenas um produto midiático, como se tivesse como produtor e beneficiários os empresários das comunicações. O autor esquece que o Partido dos Trabalhadores, atingido em cheio pelo escândalo também foi beneficário da mídia quando surgiu o dossiê Caiman e nas propinas que aprovaram a emenda da reeleição.
No começo do mês de maio sairam matérias e charges nos jornais locais dizendo que os deputados iriam faltar uma semana já que estava previsto um feriado. Isso foi motivo de discursos inflamados e apartes raivosos contra a imprensa que não reconhecia o trabalho dos políticos. A imprensa foi taxada logo de imcompetente e quase responsabilizada pelas faltas dos parlamentares. Entrentanto também nenhum deputado foi a tribuna discursar contra a TV Assembléia que entra no ar nesta quarta feira sem que fossem contratados profissionais via concurso público. Comenta-se nos bastidores que há profissionais nos quadros da ALEPI que trabalham em outras funções e seriam remanejados para a tv, mas acho que não há número.
Essa é uma das coisas que irrita. Jornalista erra e tem que pagar os erros como todos, mas pegar erros e culpar a imprensa por tê-los divulgado aí é demais. Não há quarto poder e nem jornalistas são deuses, entretando eles não são a escória da sociedade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário