Não sou muito adepto de por música, mas com o desencanto por causa do Calandragem, me vejo obrigado a fazer isso. A imposição de um DIREITO DE RESPOSTA no jornal laboratório porque se fala a verdade é dura demais. Soa como se fosse uma punição por não se esconder a realidade. Como isso só foi feito em outras épocas, obscuras como a desta música, deixo ela para uma reflexão. Sobre o que você quiser, se conhecer o Calandragem do jornal e se não sobre os seus desencantos.
Falou, tá falado
Não tem discussão, não.
A minha gente hoje anda
Falando de lado e olhando pro chão.
Viu?
Você que inventou esse Estado
Inventou de inventar
Toda escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar o perdão.
Apesar de você
amanhã há de ser outro día.
Eu pergunto a você onde vai se esconder
Da enorme euforia?
Como vai proibir
Quando o galo insistir em cantar?
Água nova brotando
E a gente se amando sem parar.
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros. Juro!
Todo esse amor reprimido,
Esse grito contido,
Esse samba no escuro.
Você que inventou a tristeza
Agora tenha a fineza
de “desinventar”.
Você vai pagar, e é dobrado,
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar.
Apesar de você
Amanhã há de ser outro día.
Ainda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria.
Você vai se amargar
Vendo o día raiar
Sem lhe pedir licença.
E eu vou morrer de rir
E esse día há de vir
antes do que você pensa.
Apesar de você
Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia.
Cómo vai se explicar
Vendo o céu clarear, de repente,
Impunemente?
Cómo vai abafar
Nosso coro a cantar,
Na sua frente.
Apesar de você
Apesar de você
Amanhã há de ser outro día.
Você vai se dar mal, etecétera e tal,
La, laiá, la laiá, la laiá…….
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