18 de junho de 2012

"Em caso de emergência quebre o vidro"

Todo mundo já leu um texto sobre coisas esquisitas dos tempos atuais. Tipo: "Você nunca pensou que veria Faustão magro, Sílvio Santos pobre, Collor defendendo a ética..." Os exemplos não são muito edificantes, mas levam a parar a fim de pensar: Então que tempos são esses? É de fato como se tudo tivesse entrado no bug do milênio, aquele mesmo que deixaria todos os equipamentos eletrônicos doidos na entrada do ano 2000, mas de efeito retardado.

Não dá para fugir dos exemplos nacionais como Lula apertando a mão do aliado Maluf apoiando a candidatura do Haddad que tem como vice a Erundina. A omissão dos partidos aqui é para estimular um pouco a observar a história e o noticiário. Lula já espinafrou o Maluf, nos tempos que nem o dinheiro das contas do Maluf aparecia e nem a ética partidária se escondia. Erundina já foi prefeita, vencendo o Maluf e agora é vice em uma situação que lembra o estagiário que troca de lugar com o presidente da empresa. Enquanto isso a oposição abraça o PR, do mensalão.

Não parece que nós somos mais privilegiados que os paulistanos. Afinal, o PT defende com unhas e dentes o prefeito do PTB que era vice do PSDB. Por outro lado os tucanos esculhambam o ex-aliado que no final das contas é um pouco de mais do mesmo na administração da capital. Para além disso quem imaginaria determinados candidatos como os vindos do show business piauiense para a prefeitura da capital? Saindo da capital as coisas não ganham contornos mais normais. Tererê, que firmou-se na política local de Parnaíba por atacar Mão Santa com a mesma retórica peculiar do ex-senador, está caminhando para subir no palanque da maior família local.

Tom Jobim dizia que "O Brasil não é para principiantes". Em poucos momentos parece tão certo.

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