20 de julho de 2009

"E nem" adianta reclamar


Nos últimos meses o ensino médio de muita gente virou de ponta cabeça. Vários vestibulares foram abolidos em prol de um exame nacional, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Mas, nem tudo é festa. Por que? Há vários motivos para isso como o fato de um governo que sempre se opôs a exames como esse propor a iniciativa, a pressa que norteou todo o processo e ainda mais como as particularidades do país devem ficar em segundo plano no ensino médio.

Sou do tempo em que um exame como o Enem seria rechaçado como um mal personalizado contra o País. Não sou contra a inciativa, afinal quem seria contra um exame que dá a oportunidade aos estudantes de escolher entre cinco cursos e cinco universidades diferentes? Mas, não há como negar que um processo que mexe com a vida de 4,5 milhões de estudantes e 45 universidades não poderia ter sido realizado em menos de 6 meses. Tanto que criam-se situações meio estranhas como no Piauí. Haverá o Enem em outubro e o Programa Seriado de Ingresso na Universidade para o acesso a Universidade Federal do Piauí. Portanto, dois gastos para os estudantes.

Além disso, sejamos francos: Como ficam aspectos particulares de cada Estado na prova? A resposta é simples: não ficam. História e Geografia do Piauí, que foram um pouco mais valorizadas com o PSIU, devem voltar a ser apenas uma peça de museu afinal, não faz sentido perguntar para um estudante do Rio Grande do Sul sobre a declaração de independência no Piauí? Claro que o Enem não vai se prender a disciplinas, mas temas como esse com certeza ficarão de fora do exame nacional.

Não adianta agora sentar e chorar. É estudar e seguir em frente e com o tempo modelar o Enem ao que o Brasil precisa.

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