3 de fevereiro de 2006

A ÉTICA NOSSA DE CADA DIA

O processo de conceber um jornal é mostrado de maneira dinâmica es extenuante em "O Jornal". As vinte e quatro horas dentro do "The Sun", o jornal sensacionalista da história, mostra o quanto é desgastante o dia em um jornal.
"The Sun" é o típico jornal sensacionalista. Isso já é demonstrado no começo do filme na conversa entre Henry Hackett (Michael Keaton) e sua mulher Martha Hackett (Marisa Tomei), onde Henry critica o "The Sentinel" pela linha mais séria representada na slogan "Nós cobrimos o mundo". O assassinato dos dois homens brancos é outro mote de como o jornal em que Henry trabalha se fixa no mercado, pois eles levaram um furo dos outros jornais. O fato de Henry ser convidado a trabalhar no "The Sentinel" mostra também que podem haver mudanças para agradar os leitores e poder ter mercado. No "The Sun" a característica principal é representada pelo pitoresco e o chocante, isso representado pela personagem Alicia Clark (Glenn Close) que tem por meta chocar o público. Essa diferença das maneiras de se firmar no mercado é representada pela conversa entre os personagens Henry e Bernie White (Robert Duvall) sobre a idéia da transferencia de Henry para o "The Sentinel".
O crime que permeia toda a história vai servir para vários destaques, o crime faz parte do que o jornal "vende", ou o que ele coloca na edição para agradar o leitor. Essa fixação por fazer o que vende conduz em vários momentos do filme os personagens a dilemas éticos e a reflexões. Na entrevista para o "The Sentinel" Henry que não queria deixar "The Sun", mas é pressionado por Martha, rouba a pauta do "The Sentinel". Outro ponto de destaque é o fato de que Alicia, para poder manter as aparências joga duro por aumento de salários, chegado a falar diretamente com o dono da empresa. Alicia é protagonista do principal dilema ético do filme que é o fato de que a apuração do assassinato dos dois brancos está errada e ela não querer parar as máquinas para a impressão da versão correta, porque isso vai ser um prejuízo da empresa. O filme conta com tiradas que não são somente engraçadas e levam a uma reflexão. Como por exemplo tiradas onde é passada a impressão de que é errado ser ético.
A produção do jornal, procura seguir as mesmas linhas de outros jornais. Condicionada, é claro às exigências do sensacionalismo que ajudam o jornal a vender. Essa linha valoriza às notícias sobre morte, desastre e outros pontos pitorescos. O filme mostra com força as situações onde a ética é testada diariamente. Esse teste para a ética assim como no filme é em situações simples e cabe a seguinte frase: O exercício da ética é algo que deve ser feito diariamente.

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