23 de julho de 2005

Nem tudo é luta

Investigações jornalísticas sempre rendem a seus empreendedores lucros e dividendos. Consagração e culpas que podem vir separadas e até ao mesmo tempo. Quando acontece de virem ao mesmo tempo nasce a polêmica. Eis uma palavra que ganha muitos significados e perde-se na consciência de cada um.
Com a notícia "em tempo real" há uma busca desefreada pela quantidade e uma falsa qualidade. O melhor meio não é mais aquele que passa a notícia mais completa, e sim o que passa mais rápido. A correção vira quase um acessório. Ganha margem a superficialidade e fragmentos de notícias que juntos formam algo incompreensível. Na qualidade dá-se margem a criação de polêmicas, como se fossem uma plantação ou gado. Perde-se o aprofndamento do tema para apenas limitar a questão "você concorda ou não?"
Polêmicas são boas quando são naturais, através da exposição de dados o público torna o tema conroverso ou não. Dom Quixote lutava contra os moinhos de vento, vendo-os como inimigos. Não cabe ao jornalista criar polêmicas onde elas não existem ou não há dados para existir.

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